Orientação do sindicato é para que professores voltem a cumprir calendário. Paralisação durou três dias; servidores são contra medidas do governo. As aulas nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul voltam ao normal nesta segunda-feira (24), conforme orientação do Centro de Professores. Os docentes devem voltar a cumprir o calendário escolar após a greve que durou três dias entre quarta (19) e sexta-feira (21). A paralisação foi decidida em assembleia com mais de 40 entidades e envolveu servidores de diversos setores, descontentes com as medidas adotadas pelo governo para conter a crise. Ainda no sábado (22), outros servidores públicos, como da Brigada Militar e Polícia Civil, retomaram suas atividades. Durante a paralisação, os órgãos da Segurança Pública atuaram em regime de operação padrão, quando somente casos graves são atendidos. As ocorrências menores foram registradas somente pela internet pelas vítimas. Apesar da normalização dos serviços, as entidades, sindicatos e associações pedem que os servidores mantenham o estado de greve. O que significa ficar alerta para possíveis novas mobilizações em caso de novo parcelamento ou corte de salários, por exemplo. O pagamento do último mês deve ocorrer no dia 31. Além do parcelamento, os servidores também não concordam como aumento de impostos, projeto já enviado à Assembleia Legislativa pelo governador José Ivo Sartori. A Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado (Fessergs) ainda não tem um balanço sobre o período de paralisação. Esse levantamento será realizado em assembleia convocada para esta segunda, em Porto Alegre. Conforme os sindicatos, se os salários foram parcelados novamente, a greve não será de três, mas sim de quatro dias. Esse aviso foi espalhado pelas associaçõs de todas as categorias. Fazenda diz que precisa de ‘mágica’ para pagar contas Após o bloqueio do caixa do governo gaúcho pela União, em razão do atraso no pagamento da dívida, que terminou na quinta-feira (20), o prazo ficou curto para arrecadar os recursos necessários e garantir a folha do funcionalismo deste mês. A Secretaria da Fazenda admite essa dificuldade. Nos últimos dez dias, tudo que entrou no caixa do estado foi sequestrado pela União, porque o estado deixou de pagar a dívida de com o governo federal. “Eu não tenho de onde buscar dinheiro extraordinário. Já saquei todos os depositos judiciais, eu não posso pegar novas operações de crédito. A União não tem sinalizado nenhuma ajuda para o estado. Então na verdade eu tenho que fazer malabarismo, tenho que fazer mágica, tenho que fazer todas essas despesas caber no dinheiro que eu tenho de 10 dias. Isso claro, é praticamente impossivel, é muito dificil”, aponta o subsecretário do Tesouro, Leonardo Busatto. Fonte: G1
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